Dia 18/08/2019 – domingo
Das 10:00 – 17:00
O Festival Tombamento é uma atividade especial do Grupo Ururay e tem como objetivo comunicar a importância do patrimônio cultural da região leste de São Paulo com o território onde esses bens estão localizados, sejam esses bens materiais ou imateriais.
A palavra “Tombamento” é carregada de diversos significados: está ligada a ação de registro e reconhecimento pelos órgãos de preservação patrimonial e nas periferias significa fechar, lacrar, arrasar e divar adotada também pela Geração tombamento do movimento afro futurista a fim de reforçar a ideia de valorização e olhar para suas próprias referências culturais de forma livre, transformadora e criativa.
Partindo da polissemia da palavra “tombamento” o coletivo Ururay em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) apresenta durante a Jornada dos Patrimônios 2019 uma programação voltada a apropriação e valorização do patrimônio cultural, e as diversas camadas de significados e memórias presentes nos territórios.
Local de atividade:
Largo e Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha
Sobre a Igreja:
A Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França é um patrimônio da cultura popular e afro-brasileira que resiste até nossos dias, construída pela antiga Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, descendentes africanos mantidos em regime de escravidão no século XVIII.
A Igreja é tombada pelos Conselhos de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado CONDEPHAAT (Resolução 23/1982), e do município CONPRESP (Resolução 05/1991).
Programação:
A partir das 10:00 – Feira Afro Meninas Mahin e Feira dos Povos Andinos da Penha
10:00 – Abertura com Roda de conversa e vivência na Igreja do Rosário
A partir das 13:00 – Apresentação dos grupos convidados no Largo do Rosário
15:00 – Saída do cortejo com todos os grupos passando pelas ruas do outeiro histórico da Penha composto pelas três principais Igrejas do bairro
16:00 – Chegada do Cortejo ao Largo do Rosário
17:00 – Encerramento com a entrega do Estandarte da Diversidade Cultural pelo casal de Reis de Festa do Rosário 2019/2020.
Grupos convidados:
Folia de Reis Estrela do Oriente: Grupo tradicional de Folia de Reis da Vila Nhocuné formado pelos mestres Ditão e Dona Rosinha, que por várias gerações realizam saídas nas Festas de Reis por diversos bairros da zona leste mantendo a tradição dos presépios, cantorias e palhaços mascarados.
foto: Luciana Alexandrino
Grupo Cambaiá Cia de Moçambique de São Benedito: Fundado pelo Mestre Silvio Antonio o Moçambique é um folguedo com tradição oriunda nos municípios do Vale do Paraíba, que circundam a cabeceira do Tietê e Noroeste de São Paulo. O folguedo homenageia com suas músicas, danças e manejos de bastões seus santos padroeiros, sobretudo São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Seus distintivos são os paiás, correias com guizos de bronze atadas abaixo dos joelhos dos dançantes.
Saya Afro Integración Bolivia: Grupo de manifestação popular tradicional boliviana que congrega dança, música percussiva por descendentes africanos e indígenas contando a história da diáspora de negros escravizados para a Bolívia e sua relação com a cultura dos povos ameríndios.
Cordão Carnavalesco Dona Micaela: O Cordão foi fundado em 2018 no bairro da Penha de França, e faz homenagem a Dona Micaela Vieira, que no final do século XIX exerceu a função de parteira ganhando o nome de uma praça no bairro. O Cordão conta com ritmo e músicas próprias, bonecões e performances especiais celebrando a vida, os conhecimentos ancestrais do partejar, da doulagem e cuidados com as mulheres, gestantes, bebês e crianças.
Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes: Coletivo cultural que confecciona Bonecos de Rua e realiza cortejos, blocos e cordões a partir dos ensinamentos adquiridos em vivencias com os grupos/mestres: Cordão dos Bichos de Tatuí, Vovô da Serra do Japi, Gigantões de São Luiz de Paraitinga, Samba de Bumbo do Cururuquara e Samba de roda Paulista de Dona Maria Esther.
Jongo dos Guaianás: Formado a mais de 10 anos por um grupo de educadores, festeiros e batuqueiros de Guaianases inspirado no Jongo do Tamandaré de Guaratinguetá no interior paulista há mais de 100 anos contando e cantando a história dos negros e negras escravizados. Tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro, o Jongo chama todos e todas a entrarem na roda para cantar e dançar ao som dos batuques do Tambu e do Candongueiro.
foto: Luciana Alexandrino
Realização
Patrocínio
Este projeto foi contemplado pela 2ª Edição do Programa
Fomento à Cultura da Periferia da Cidade de São Paulo
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